domingo, 14 de junho de 2009

AMPLIA-SE O REPÚDIO À AÇÃO DA PM NA USP!



Leia aqui as notas e moções:



INTERNACIONAIS:


Apoios do México


Do México, mandam seu repúdio à reitoria e seu apoio à luta dos trabalhadores e estudantes da USP:

. Raúl Pérez Ríos, Secretario General del Sindicato de la Unión de Trabajadores del Instituto de Educación Media Superior del Distrito Federal (SUTIEMS)

. Alfredo Velarde (intelectual marxista e acadêmico da Fac. de Economia de la UNAM)

. Manuel Aguilar Mora (intelectual marxista e acadêmico da Universidad Autonoma de la Ciudad de Mèxico)

. Roman Munguia Huato (professor-investigador, pela comissão sindical do Sindicato del Personal Académico de la Universidad de Guadalajara (SPAUdeG))

. Ismael Contreras Plata (professor de Educação Média, pelo Movimiento Magisterial del Estado de Mèxico)

. Liga de Unidad Socialista

. Liga de Trabajadores por el Socialismo - QI (LTS - México)




Apoio dos trabalhadores da Fábrica Zanon, sob controle operário, Argentina


El Sindicato Ceramista de Neuquen, Argentina y los obreros y obreras de Zanon Bajo Gestion Obrera repudiamos la represion sufrida por los compañeros y compañeras de la USP en huelga. Trabajadores (funcionarios) del SINTUSP, profesores y estudiantes. Condenamos la represion y hacemos responsables de la misma tanto a la rectora y autoridades universitarias como al gobierno de Serra. Repudiamos sus metodos que averguenzan a los trabajadores y pueblos que hemos sufrido durante años dictaduras militares, llenando de balas de goma y gases lacrimogenos las universidades. Exigimos la inmediata libertad y el cese de la represion y persecusion judicial a nuestros compañeros del SINTUSP como el compañero Brandao asi como a compañeros estudiantes y profesores. Exigimos el inmediato retiro de las fuerzas represivas de la USP. Apoyamos incondicionalmente los petitorios de la huelga y nos ponemos a disposicion de las acciones a realizarse a nivel internacional en apoyo a los huelguistas. Hoy mismo, se esta desarrollando una movilizacion estudiantil de universitarios, colegios secundarios y terciarios en Neuquen por demandas propias. Llevaremos alli esta denuncia y la propuesta de impulsar acciones comunes en defensa de vuestra lucha. Viva la unidad obrero estudiantil. Viva la unidad con los profesores en huelga. Todo nuestro apoyo y solidaridad a nuestros hermanos en lucha de Brasil.

Sindicato Ceramista de Neuquen - Obreros de Zanon Bajo Gestion Obrera.




Apoios da Bolívia


Abajo la represión contra los trabajadores, docentes y estudiantes de la Universidad de San Pablo

Los abajo firmantes expresamos nuestra más enérgica solidaridad con los estudiantes, docentes y trabajadores no-docentes de la Universidad de San Pablo (USP) brutalmente reprimidos por la Policía Militar por llevar adelante una fuerte huelga por aumento de salario, en defensa de 5.000 puestos de trabajo amenazados, y de la educación pública, además de pelear por la reincorporación de Claudionor Brandão, Secretario General del SINTUSP (Sindicato de Trabajadores de la USP) despedido por defender los derechos de los trabajadores. Exigimos la libertad inmediata de los detenidos, el retiro inmediato de la Policía Militar de la USP, y el cumplimiento de las demandas de los trabajadores y estudiantes de la USP.

Primeras Firmas:

LOR-CI, Javo Ferreira

Cesar Lugo, Secretario General FSTMB (Federacion Sindical de Trabajadores Mineros de Bolivia)

Guido Mitma Secretario Ejecutivo FSTMB

PS-1 Jaime Alcocer, Secretario Ejecutivo (Partido Socialista Uno Marcelo Quiroga Sta Cruz)

SOL-K Sergio Tarqui, (Soberania y Libertad Katarista) Grover Fernandez, Secretario de Organizacion FDTFLP (Federacion Departamental de Trabajadores Fabriles de La Paz) y Secretario Ejecutivo Sindicato Textil MAKITESA Guadalupe Cuentas, Secretaria General Almacenes Aduaneros DBU-Swissport Grover Muñoz, delegado a la Federacion Naciona Trabajadores de SABSA (aeropuertos bolivianos)




Nota do agrupamento En Clave Roja (Argentina)


Abaixo a repressão contra os trabalhadores, professores e estudantes da Universidade de São Paulo

Desde En Clave Roja repudiamos a brutal repressão por parte da policia paulista aos estudantes, professores e trabalhadores da USP de São Paulo, Brasil. Desde o dia 5 de Maio os trabalhadores da USP vem protagonizando uma greve por melhorias salariais e em defesa dos postos de trabalho. A reitoria que dizia estar “pelo diálogo” respondeu o 1 de Junho com uma medida que não se tomava desde a ditadura militar brasileira: militarizando a universidade com a intervenção da polícia. Hoje novamente se vêem claras intenções da reitoria da USP e do Governador Serra. Quando mais de 1500 pessoas das três universidades estaduais de São Paulo se mobilizavam exigindo a retirada da polícia foram brutalmente reprimidos, tendo trabalhadores da USP presos. Estiveram presos Claudionor Brandão, dirigente do SINTUSP despedido pela reitoria, por perseguição política que busca acabar com o direito constitucional dos trabalhadores que se mobilizam por suas demandas; e outro trabalhador do Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

Desde En Clave ROJA na Argentina fazemos nossa a luta dos trabalhadores, professores e estudantes do Brasil. A unidade operário-estudantil está na ordem do dia. A crise capitalista mundial já chegou na América Latina. O Brasil e o Chile declararam estes dias que entraram em recessão e são milhões os postos de trabalho que se perderam em todo o continente. O corte orçamentário à saúde e educação se torna cada vez mais asfixiante. É imperiosa a necessidade de uma forte campanha internacional, começando por todos os centros de estudantes e federações da polícia militar da universidade!

Fora a polícia do campus. Abaixo a repressão!

Fora a reitor Suely Vilela!

Fora o secretário de segurança pública Ronaldo Marzagão!

Viva a luta dos trabalhadores da USP!

Pela unidade operária-estudantil!

Que a crise seja paga pelos capitalistas!

En Clave ROJA - (PTS e independentes)





Apoios de Rosário, Argentina


Comunicado para firmar contra la represion a trabajadores y estudiantes en Brasil y por la libertad de los detenidos

Los abajo firmantes expresamos nuestra mas enérgica solidaridad con los estudiantes, docentes y trabajadores no-docentes de la Universidad de San Pablo (USP) brutalmente reprimidos por la Policía Militar por llevar adelante una fuerte huelga por aumento de salario, en defensa de 5.000 puestos de trabajo amenazados y de la educación pública, además de pelear por la reincorporació n Claudionor Brandão, Secretario General del SINTUSP (Sindicato de Trabajadores de la USP ) despedido por defender los derechos de los trabajadores. Exigimos la libertad inmediata de los detenidos, el retiro inmediato de la Policía Militar de la USP. Y el cumplimiento de las demandas de los trabajadores y estudiantes de la USP.

ATE Rosario - Jorge Acedo-Sec. Gral.

AMSAFE Rosario - Gustavo Teres-Sec. Gral. y Juan Pablo Casiello Sec. Adj.

CTA Rosario

Delegados No Docentes - La Marron ATE Rosario - Jorge Romero - Jose Cobos - Guillermo Garcia-

Centro de Estudiantes de Ciencias Médicas Centro de Estudiantes de Cs Política y Relaciones Internacionales Centro de Estudiantes de Psicología Centro de Estudiantes de UTN Sec Gral Federación Universitaria de Rosario Sec Gral Centro de Estudiantes de Humanidades y Artes Centro de Estudiantes de Humanidades y Artes Escuela de Historia - Humanidades UNR


PROFESSORES E INTELECTUAIS:


Moção de Caio Toledo, Professor de Ciência Política da Unicamp


Profa. SUELY VILELA, Reitoria da USP,

a foto na capa de hoje da FSP é expressiva: o estudante, com sua arma, um livro, é ameaçado pela insana repressão da PM. Por caso, lembra a professora dos "anos de chumbo" em plena ditadura militar? Vendo as fotos dos jornais e as imagens da TV, outros se vão se lembrar da irracionalidade nos tempos do nazi-fascismo. Como ex-estudante da USP, não apenas lastimo; protesto contra a brutalidade da ação da PM que - caso o bom senso e a sensatez tivessem guarida nessa Reitoria - poderia ter sido inteiramente evitado. Atenciosamente,

Caio Toledo, Professor de Ciência Política - Unicamp


Moção do Dr. Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado, Professor de Filosofia - Unifesp


Prezados senhores,

externo aqui meu repúdio à intervenção e às ações violentas da polícia na USP ordenadas pela reitora daquela universidade contra funcionários, professores e estudantes, bem como minha solidariedade para com estes.

Atenciosamente,

Dr. Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado Professor de Filosofia - Unifesp - Campus Guarulhos


Moção de Maria Orlanda Pinassi, professora da UNESP/Araraquara


O recurso à repressão policial aos legítimos movimentos de trabalhadores neste país é algo grotesco, execrável e inadmissível. Por isso exige-se a IMEDIATA retirada da PM - corporação totalmente estranha às atividades desenvolvidas num ambiente acadêmico - do campus universitário da USP e de qualquer outra universidade brasileira.

Maria Orlanda Pinassi - professora UNESP de Araraquara


Nota de Rogério Monteiro de Siqueira, Professor Doutor EACH-USP


Prezados colegas, amigos e alunos,

estou estarrecido. Nunca pensei que ia viver isso na na nossa universidade. Uma indignação enorme me fez deixar a assembléia de professores no prédio da História e descer correndo para a reitoria. A informação que tinha chegado à nós era de que o batalhão de choque estava soltando bombas sobre os estudantes e funcionários na reitoria. De alguma maneira, como professor, imaginei ter - junto com outros colegas - a força necessária para arrefecer o conflito. Era preciso evitar o pior, evitar que algum estudante se machucasse. Tínhamos visto nos jornais no dia anterior, policiais com metralhadoras.

Chegando mais perto, uma fumaça enorme, estudantes correndo, e um clima bastante ameaçador. Um aluno passou por nós dizendo que não devíamos ficar ali. Retruquei: Não. Vamos ficar aqui.

Descemos mais um pouco e uma tropa de choque, cacetetes, bombas, spray de pimenta, marchou em nossa direção. Subimos a calçada, que passem ! Tratava de saber o que de fato ocorria, procurar responsáveis, tentar negociar, verificar se alguém estava ferido. Mais perto, um policial do batalhão - uns quinze - mandou a gente se afastar. Dissemos que éramos professores. Se afastem! gritaram. Somos professores! Eles jogaram spray de pimenta na nossa direção. O Thomás que estava um pouco mais a frente, de carteirinha na mão, recebeu o spray nos olhos. Saímos correndo. Uma bomba de gás caiu a um metro dos meus pés. Parei um pouco e olhei na direção dos policiais com toda a raiva que já pude sentir.

Um policial com uma bomba na mão olhou pra mim. Senti que iríamos receber mais um presente da corporação. Estupei o peito e falei gritando: Você vai jogar na gente? Somos professores! Você vai jogar? O absurdo era tanto que fui mais absurdo ainda. Como eu podia fazer um negócio desses? Mas fiz.

Não dava mais para ficar lá. Chamei a Vivian Urquidi e o Jorge Machado para subir novamente até à História. O Thomás já tinha saído porque mal conseguia abrir os olhos. Meus olhos também ardiam muito.

Eu só gostaria de saber: o que um professor de carteirinha na mão, um outro com mochila nas costas, pasta em uma mão e blusa na outra, outra professora com uma flor na mão representam de perigo ao patrimônio da USP? Gostaria de saber até onde a tese de preservação do patrimônio se sustenta? Que espécie de comunicação e negociação é essa, que coloca policiais cegos a serviço da Reitoria? Para onde fomos? Para onde foi a experiência de 75 anos em produzir saber?

Saudações acadêmicas.

Rogério Monteiro de Siqueira

Professor Doutor EACH-USP História e Geometria http://www.each.usp.br/rogerms Escola de Artes, Ciências e Humanidades - Universidade de São Paulo


Nota da APROPUC-SP


A diretoria da Associação dos Professores da PUCSP - APROPUC-SP vem manifestar sua solidariedade aos professores, estudantes e funcionários da USP, que estão mobilizados desde o dia 5 de maio, e que realizam uma greve conjunta em torno da reposição salarial e condições de trabalho. No dia 09/06 foi realizado um ato conjunto contra a repressão da polícia na USP ocorrida em 29/05. De forma arbitrâria, violenta, na quebra da autonomia e democracia universitârias, por determinação da reitora da USP Sueli e em consonância com o Governo Serra, a polícia reprimiu em 09/06, barbaramente a manifestação da comunidade universitária e invadiu o Campus do Butantã, permanecendo dentro do mesmo. Cenas como estas, são iguais e atê superiores, as presenciadas no período do terror da ditadura militar. Repudiamos veementemente essa atitude da reitoria e do Governo do Estado de São Paulo e nos somamos ao chamado da ADUSP, do SINTUSP e do movimento estudantil exigindo: a saída da polícia do Campus, a libertação dos presos e a abertura imediata das negociações em torno da pauta de reivindicações da greve. Solicitamos a tod@s que se somem ao repúdio contra a repressão propocionada pela reitoria e governo Serra, enviando email para repudio:gr@usp.br e se solidarizando com os estudantes, funcionários e professores em sua luta enviando emails para forapmusp@yahoo.com.br na defesa da autonomia e democracia universitária.

Presidente da APROPUC Maria Beatriz Costa Abramides


DECLARAÇÃO DA ASSEMBLÉIA DA ADUSP DE 10/06/2009


A Universidade de São Paulo tem desrespeitado, há anos, no seu cotidiano e nas suas instâncias de decisão, o Artigo 206 da Constituição Federal que define o princípio da gestão democrática do ensino público. O desrespeito fica evidenciado pela ausência de diálogo sempre que deliberações de Conselhos de Departamentos, Congregações e do Conselho Universitário acontecem sem a devida participação de alunos, docentes e funcionários. Nos últimos meses testemunhamos algumas dessas deliberações que, no lugar do diálogo, impõem de maneira autoritária suas decisões, gerando conflitos e desgastes desnecessários entre as partes envolvidas: demissão política de um dirigente sindical, o ingresso da USP na Univesp, a reforma estatutária da carreira, as mudanças no exame vestibular, entre outras. As três últimas, aliás, foram tomadas sem razões acadêmicas que as sustentem.

A crise atual vivenciada pela USP, originada pela negociação de data-base, como vem acontecendo nas negociações dos últimos anos, a ausência de diálogo exacerbada pela ruptura por parte do Cruesp da continuidade da negociação, culminou com a solicitação, por parte da reitoria da USP, da presença da Polícia Militar, provocando a violenta repressão que vivenciamos na tarde de ontem no campus Butantã da USP.

Em função dessa sucessão de acontecimentos:

“Os professores da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembléia no dia 10 de junho de 2009, em face dos graves acontecimentos envolvendo a ação violenta da Polícia Militar no campus Butantã, vêm a público exigir:

1. a renúncia imediata da professora Suely Vilela como reitora da Universidade de São Paulo;

2. a retirada imediata da Polícia Militar do campus;

3. que a nova administração adote uma medida firme para impedir que as chefias e direções assediem moralmente os funcionários que exercem o direito de greve, de modo a criar condições objetivas para que os funcionários possam suspender os piquetes;

4. que se inicie também imediatamente um processo estatuinte democrático.

São Paulo, 10 de junho de 2.009. Adusp-S.Sind. Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo


Entidades Estudantis:


Nota da UNE (União Nacional dos Estudantes)


Mais uma vez a Polícia Militar entrou em conflito com os estudantes da Universidade de São Paulo. Desta vez, o clima de tensão foi mais acirrado no local. Na manhã desta terça-feira, cerca de 300 pessoas ocuparam as ruas da Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo, e impediram a entrada da PM, no ato conhecido como "trancaço" que bloqueou a entrada principal. A Tropa de Choque da PM chegou à USP no início da noite de hoje.

A Polícia atirou balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta contra os manifestantes. Foram presas três pessoas no final do confronto.

Há mais ou menos um mês as manifestações na USP não cessam. A reivindicação é por parte dos funcionários que pleiteiam um aumento salarial. Com o desenrolar dos últimos dias, as reclamações se voltaram contra a reitora da universidade, Suely Vilela. "A truculência da reitora fez com que seu afastamento se tornasse o mote principal da manifestação. Ela está fazendo um verdadeiro circo na universidade", declarou a Assessoria de Imprensa do Sintusp, o sindicato dos trabalhadores da USP.

Os estudantes se sensibilizaram com a luta dos funcionários e aderiram ao movimento. Mais tarde, foi a vez dos professores. Segundo o professor de história, Osvaldo Coggiola, em entrevista para o Estado de São Paulo, o principal motivo da adesão dos professores à greve é a presença da Polícia Militar no Campus. "Antes, professor não fazia greve. A greve nem estava na pauta da Adusp, mas não aceitamos a PM na universidade e por isso aderimos ao movimento", disse ele.

Nem na época da ditadura militar, a presença da PM dentro da USP foi tão incisiva como agora em tempos de consolidação da democracia no país. Na ocasião das ocupações da reitoria, em maio de 2007, e da faculdade de direito do São Francisco, em agosto do mesmo ano, a polícia foi extremamente ostensiva no embate com os manifestantes.

A reitora alega que não foi ela a responsável pela a chegada da polícia. De acordo com o advogado especialista em direto civil e professor universitário, Artur Fontes de Andrade, Suely Vilela é autoridade dentro do campus, mas qualquer diretor da área ocupada com legitimidade jurídica pode requerer a reintegração de posse.

Os manifestantes pedem o afastamento de Suely Vilela e eleições diretas para reitor da universidade. Mais um marco contraditório, já que a USP, historicamente, sempre lutou pela democracia.

De São Paulo Joyce Mackay e Danielle Franco



nota do Coletivo Teatral IVO 60


olá amigos e parceiros,

Dando uma pausa no informes de nossas atividades (temos intervenções dias 20 e 21 no Parque da Luz às 16h), gostaríamos de nos posicionar contra a brutalidade que está ocorrendo na USP, berço do grupo que ano que vem completa 10 anos.

O IVO 60, coletivo teatral profissional ligado à Cooperativa Paulista de Teatro, formou-se no ano de 2000, reunindo estudantes da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Tendo em vista os últimos acontecimentos ocorridos dentro do Campus da USP, as atrocidades decorridas da violência empregada pelos policiais militares contra os estudantes, funcionários e professores organizados em caráter de assembléia de greve na Universidade, não poderíamos nos omitir de tornar público nosso repúdio à presença da Polícia Militar dentro da USP (por requerimento da própria reitoria da instituição) e à maneira truculenta com que o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Paulistas), Suely Vilela (reitora da USP) e o Estado têm lidado com a organização dos movimentos sociais dentro da universidade.

Colocando-nos ao lado de diversas entidades (incluindo a Cooperativa Paulista de Teatro e a ADUSP – Associação dos Docentes da USP – que, inclusive pede o afastamento imediato da reitora), manifestamos nossa discordância plena com as atitudes que, de forma absolutamente autoritária e repressora, cerceiam os direitos civis garantidos por nossas leis.

Esperamos que esta mensagem propicie, ao menos, o acesso às informações referentes aos acontecimentos e pedimos que os amigos e colegas juntem-se a nós divulgando-a.

Obrigado, IVO 60


Moção dos estudantes da Unifesp


MOÇÃO DE APOIO A LUTA NA USP, UNICAMP, UNESP E FATEC

Os estudantes da Universidade Federal de São Paulo – CAMPUS GUARULHOS – reunidos em assembléia geral manifestam seu repúdio a ação repressiva e violenta da polícia militar a mando do Governo estadual e da REItora da USP, Suely Vilela, aos estudantes, professores e funcionários que estão legitimamente mobilizados em greve.

Solidarizamos- nos com as lutas que ocorrem na USP, Unicamp, Unesp e Fatec e apoiamos todas as reivindicações:

_Contra a repressão aos movimentos sociais!

_Fora PM das universidades!

_Fora Suely Vilela!

Barrar a Univesp já!

_Readmissão do Brandão já!

Manifestamos também nosso repúdio a imprensa/mídia burguesa e elitista que criminaliza e reprime os movimentos sociais, blindando o Governo serra e a reitoria da USP, impedindo que a realidade dos fatos chegue a população: a Universidade Pública brasileira esta sendo sucateada!

Saudações aos companheiros em luta.

Guarulhos, 09 de junho de 2009

Assembléia Geral dos estudantes


APOIO DO CONSELHO DE ENTIDADES DA UNIFESP


MOÇÃO DE APOIO À GREVE DA USP

O Conselho de Entidades da UNIFESP vem manifestar seu apoio à greve dos companheiros servidores, estudantes e docentes da USP. As reivindicações apresentadas são justas e a luta contra a precarização do funcionalismo público e da educação superior pública, tanto nas esferas estaduais como federais, não pode parar. A manifestação é um direito no Estado democrático e não pode ser reprimida com violência.

MOÇÃO DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA NA USP

O Conselho de Entidades da UNIFESP vem manifestar seu repúdio à atitude da Reitora da USP, Suely Vilela, pela convocação da PM ao campus universitário, num ato repressor à mobilização de servidores, estudantes e docentes da USP. Repudiamos, ainda, o autoritarismo e a violência praticados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo para com os companheiros do movimento.

Pela imediata retirada da PM do campus, a renúncia da Reitora e a garantia de Universidade democrática,

CONSELHO DE ENTIDADES DA UNIFESP

APG | ADUNIFESP | DCE | SINTUNIFESP


DEPUTADOS E SENADORES:


Discurso de Ivan Valente (PSOL)


Sr. Presidente, gostaria de registrar que neste exato momento a Polícia Militar ocupa, persegue e bombardeia estudantes da Universidade de São Paulo. Foi invadida a Universidade de São Paulo pela Polícia Militar. Nós queremos denunciar isso. O campus universitário é sagrado, é lugar de conhecimento e saber.

Estive até as 2 horas da tarde na Universidade de São Paulo me solidarizando com a greve dos professores, dos estudantes e dos servidores da USP. Eles têm reivindicações absolutamente justas e pedem a saída da Polícia Militar do campus.

Neste momento, houve um confronto na entrada da USP, e a Polícia Militar do Governador Serra, a pedido da Reitoria da USP, a Sra. Suely Vilela, invade várias Faculdades, perseguindo estudantes, jogando bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, bombas de efeito moral.

Queremos, neste momento, denunciar, repudiar que uma reitora de uma universidade, da Universidade de São Paulo, seu Estado também, Sr. Presidente, não consiga estabelecer uma negociação de diálogo com servidores, com estudantes e com professores.

Agora mesmo assistimos a cenas em que um grupo de professores da Associação de Docentes negociava com a Polícia Militar e várias bombas foram jogadas, dispersando as pessoas. A situação na Faculdade de História e Geografia está insuportável, as câmeras da GloboNews estão transmitindo direto.

Queremos, desta tribuna, denunciar a ação da Reitoria e da Polícia do Governador José Serra. Entendemos que essa é uma atitude inusitada, Sr. Presidente. Nós vivemos debaixo da ditadura militar, nós vivemos a ocupação do campus da Universidade de São Paulo pelo Exército Brasileiro.

Eu acho de uma estupidez a toda prova no lugar sagrado do campus se adentrar a Polícia Militar. Aliás, é um fermento para a greve, para a violência, porque universidade não é lugar de repressão. É lugar de reflexão, é lugar de conhecimento, de saber, de diálogo.

Por isso, Sr. Presidente, queremos manifestar mais uma vez o apoio aos docentes, ao funcionários e aos estudantes. E que a reitora mande retirar imediatamente a tropa e as bombas da Universidade de São Paulo, local de longa tradição de resistência e democracia.

Muito obrigado.


Declaração de José Genoíno (PT)


José Genoino - Sr. presidente, peço a palavra pela ordem.

Deputado Michel Temer - Tem V.Exa. a palavra.

José Genoino - Sr. presidente, quero associar-me à manifestação feita pela Liderança do PSOL em relação aos graves acontecimentos na Universidade de São Paulo.

Desde 69, não víamos a USP ocupada militarmente pela PM. O líder Ivan Valente tem razão. As notícias que estão saindo na Internet e as imagens da televisão mostram que a USP está literalmente ocupada.

Eu, pessoalmente, tentei há meses uma interlocução com a reitora Suely Vilela e com o sindicato dos servidores por causa de uma demissão por justa causa do sindicalista Claudionor Brandão.

Não obtive resposta. Até falei com alguns deputados que apoiam o governo do PSDB de São Paulo.

Portanto o deputado Ivan Valente tem razão, quando traz ao Plenário fatos graves que estão ocorrendo na Universidade de São Paulo. Fere a autonomia universitária, é uma invasão policial, está havendo prisões, bomba de gás nas unidades da USP, devido à intransigência da reitora Suely Vilela.

Por isso, quero associar-me à manifestação do companheiro Ivan Valente.


Nota no site de Raul Marcelo (PSOL)


A Polícia Militar tomou o campus da Universidade de São Paulo nesta segunda-feira (1º de junho) por treze horas. Os policiais cercam o prédio da reitoria, controlando o acesso e saídas, em razão da greve dos servidores. O contingente da PM só deixou o local depois que professores de diversas unidades iniciaram uma aula pública em frente ao prédio da reitoria.

Nesta terça-feira, às 11 horas, será realizado um ato no local em repúdio à entrada da PM no campus para intimidar a mobilização da comunidade univeristária. Os professores também farão paralisação.

A bancada do PSOL repudia o uso da força policial contra o movimento grevista dos servidores – apoiado pelos estudantes. As lutas reivindicatórias dos movimentos sociais são legítimas, uma conquista do processo de redemocratização do país, e devem ser encaradas como parte do pleno exercício da participação popular. Não como caso de polícia.

Em nosso país, no entanto, a resposta dos governos tem sido a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.

No caso da USP, onde os servidores estão em greve desde o dia 5 de maio, cobrando reposição das perdas salariais e a reintegração de um dirigente sindical demitido, a reitoria recusa-se a negociar com o movimento. Hoje o Sintusp (Sindicato de Trabalhadores da USP) denuncia que “os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária”.

Nosso mandato repudia a criminalização da greve dos servidores da USP, apóia a luta dos trabalhadores por salários dignos e respeito à organização sindical e defende a universidade pública, gratuita e de qualidade. A USP é um patrimônio da população paulista e não pode ser palco de episódios dignos de regimes autocráticos.


CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Nota oficial

Repressão violenta a manifestação na USP

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, diante das notícias e imagens divulgadas sobre a repressão da Polícia Militar do Estado de São Paulo a manifestantes em greve e mobilizados no campus da Universidade de São Paulo (USP), na tarde desta terça-feira (9), expressa o seu veemente repúdio ao uso de violência física contra cidadãos e cidadãs durante ato de exercício do seu legítimo direito de associação e manifestação pública.

As informações que chegam a esta Comissão dão conta que a Polícia Militar efetuou disparos com munição de baixa letalidade – balas de borracha – contra os manifestantes, bem como utilizou bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, além de ter avançado ostensivamente na direção da multidão, causando pânico e forçando a dispersão, o que configura uma flagrante violação ao direito de manifestação.

Esta Comissão, na sua incumbência de defender os direitos fundamentais contra abusos de agentes do Estado ou por parte de terceiros, solicita que a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não deixem de observar os preceitos constitucionais e não se furtem – aliás, como recomenda-se em situações de possível conflito – a esgotar todas as formas de diálogo e negociação possíveis antes de executarem quaisquer ações que possam implicar o uso de força e, deste modo, colocar em risco a integridade física e a vida de cidadãos e cidadãs.

Ademais, informamos que esta Comissão instaurou processo para acompanhar os desdobramentos deste incidente, de modo a ouvir todas as partes envolvidas e assegurar que as responsabilidades por excessos cometidos sejam apuradas e efetivamente respondidas na forma da lei.

Brasília, 09 de junho de 2009

Deputado Luiz Couto
Presidente da CDHM



Um comentário:

  1. Engraçado que os institutos sérios da Usp não repudiam a atitude da PM Né?

    ResponderExcluir