terça-feira, 17 de março de 2009

ATAQUES COVARDES

POR QUE DEMITIR BRANDÃO ?

No final do ano, às vésperas do natal e do recesso de início das férias na USP, a reitora, emum ATO COVARDE, demite o Diretor do Sindicato e Representante dos Funcionários no Conselho
Universitário, Claudionor Brandão e ainda responsabiliza o Sintusp pela ocupação da reitoria em 2007, cobrando da entidade R$ 356.000,00 por meio de processo judicial.


Além destas medidas prossegue com processos, sindicâncias e inquéritos policiais contra diretores e membros do CDB - Conselho Diretor de Base do sindicato (observação: um destes processos contra diretores do Sintusp enquadra os companheiros no mesmo artigo usado contra o Brandão: “falta grave”, sob pena de demissão por justa causa). Porque a reitora Suely Vilela, tendo por trás o governador Serra e os setores mais atrasados, corruptos e retrógados da universidade (sendo que estes últimos, ironicamente, desde a indicação da professora pelo Conselho Universitário da USP na lista tríplice enviada ao governador, têm sido os piores detratores da própria reitora), tendo inclusive, este mesmo grupo, exercido uma grande pressão para que o então governador
Geraldo Alckmin não a indicasse (mesmo sendo a primeira entre os três nomes), o que levou a um inédito atraso na escolha. A primeira resposta que nos salta aos olhos é que esta série de ações antisindicais são o “troco” ou a vingança pela derrota política que o governo Serra e seus seguidores na universidade sofreram em seu projeto de intervenção e quebra da autonomia das Universidades Estaduais Paulistas, diante da luta ferrenha dos estudantes, funcionários e de vários professores na USP, Unesp e Unicamp. É notório o papel fundamental do nosso sindicato na condução desta luta vitoriosa, assim como de inúmeras outras em defesa da Universidade Pública, Autônoma e de Qualidade, e acima de tudo, voltada aos interesses da maioria da população: os trabalhadores. Ninguém, que conheça a USP ignora que o Sintusp não apenas tem lutado por salários dignos e pela menor discrepância entre os maiores e menores salários e pelo respeito aos funcionários, mas também contra a terceirização, a privatização, a farra das Fundações privadas, os cursos pagos e a inserção de empresas privadas, o que contraria interesses destes grupos “poderosos” na universidade. Mais do que uma simples vingança, trata-se de uma “necessidade” deles tentarem quebrar ou destruir a organização dos trabalhadores, para assim, permitir ir adiante com seus propósitos, na implementação de um modelo de universidade voltado para o capital.

VEJAMOS

A reitoria acaba de apresentar um Projeto de “Nova Carreira”, que não foi discutido ou elaborado com a participação dos funcionários ou seus representantes eleitos para a CCRH – Comissão Central de Recursos Humanos e deverá ser aprovado pelo C.O. – Conselho Universitário. Projeto este que, claramente, tem como objetivo imediato acabar com o nível básico, além de várias funções, implementando, definitivamente, a terceirização e outras distorções, o que atingirá a maioria dos trabalhadores beneficiando penas uma pequena parcela.

TERCEIRIZAÇÕES

Pretendendo avançar no processo de terceirização em vários setores, a reitoria fez o Conselho Universitário aprovar, na última reunião do ano passado, o fim das Prefeituras da Capital e dos Campi do interior, o que acontecerá num processo de “transição”. A atual política da reitoria leva a entrega da universidade às empresas privadas e ao governo do Estado, pretendendo também, em manter o não cumprimento do compromisso assinado pelo Cruesp – Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, com o não pagamento da parcela fixa de R$ 200,00, incorporado ao salário. Além de tudo, a reitoria sabe dos nossos propósitos. Irmos com muita força à luta neste ano, inclusive exigindo o cumprimento dos compromissos, em conjunto com os estudantes e professores em torno de uma Pauta Unificada. O problema para a reitoria é o erro de avaliação sobre os funcionários da USP e da capacidade de reação do movimento. A primeira mostra foi dada no dia 16 de dezembro, dia de paralisação com grande ato, inclusive com a participação expressiva de funcionários, estudantes, professores, parlamentares, inúmeras entidades sindicais, organizações políticas e de movimentos sociais, apesar do período de final de ano e de festas de confraternização nas unidades.

A NOSSA PRIORIDADE

Neste dia foi firmada por todos, o compromisso de levar a luta pela readmissão de Brandão, a retirada dos processos contra o Sintusp e militantes (tanto funcionários como estudantes processados e denunciados pela USP em inquéritos policiais), e esta será a nossa prioridade na luta neste inicio de ano.

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