sexta-feira, 24 de abril de 2009

Assembleia Geral dos Funcionários da USP, realizada em 23/4, dia de paralisação, aprova GREVE a partir do dia 5 de maio!

Mais de 600 funcionários da USP compareceram à História para a assembleia que decidiu entrar em greve a partir do dia 5 de maio, caso não haja reunião de negociação até lá, ou ocorra uma reunião de negociação e nossas reivindicações não sejam atendidas.
Havendo negociação antes do dia 5 haverá paralisação dos funcionários da USP e Ato Público dos funcionários, estudantes e professores das 3 Universidades (USP, Unesp e Unicamp) em frente à reitoria da USP, onde deverá ocorrer a reunião de negociação. Nesse mesmo dia, os funcionários da USP avaliarão a resposta do Cruesp às nossas principais reivindicações.
A assembleia aprovou como principais itens: a readmissão do companheiro Brandão, diretor do Sintusp demitido por atividades sindicais; R$ 200,00 incorporados ao salário e 17% de reposição parcial das perdas (42%) desde 1989; retirada dos processos contra outros militantes e multa de R$ 346.000,00 pela ocupação da reitoria em 2007; a garantia do emprego dos atuais 5.214 funcionários da USP,contratados após 1988, que tem suas vagas questionadas pelo Tribunal de Contas e, pela derrubada do Sistema de Gestão de Pessoas por Competência - que a reitoria chama de Carreira.
Dia 5 de maio também está marcada uma nova assembleia dos funcionários da USP.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009


II Hip Hop Ocupa USP

A Juventude Negra Ocupa a Universidade Elitista e Racista


Na última sexta-feira, 17/04, o prédio de História da USP foi cenário de um ato político em forma de festival cultural: o II Hip Hop Ocupa USP. Ao longo da noite, passaram pelo festival cerca de 500 pessoas, na maioria jovens negros, que têm seu acesso à universidade impedido pelo filtro social do vestibular. Também estiveram no festival estudantes da USP, PUC, Unicamp, Unesp e cursinhos populares.

Com apoio do Sintusp, DCE USP, CEUPES e Pão e Rosas, organizado pela LER-QI, Movimento A Plenos Pulmões e Pílula Preta, a atividade trouxe como temas: Contra as demissões no país; Contra a repressão na USP; pela readmissão do Brandão.

Enfrentando o boicote do regime universitário, o festival se impôs denunciando o elitismo e racismo que imperam na universidade. Nas semanas anteriores, o festival foi divulgado através de cartazes, sites e pela imprensa como o Guia da Folha e o Jornal do Campus. Um dia antes do evento, a Congregação da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) reuniu-se e publicou uma nota dizendo que não autorizava a realização do festival no prédio de História. Na sexta-feira, o boicote se mostrou até o último minuto, com ameaças de que o palco e o som não poderiam ser montados no local. Os esforços para que o Hip Hop Ocupa USP não acontecesse chegaram a ponto de anunciarem várias vezes pela Rádio USP que o festival não seria mais realizado. Nas portarias da universidade, os estudantes tiveram que fazer todo um esquema para que o público pudesse entrar.

Os burocratas acadêmicos, que vivem com mil privilégios em suas altas cadeiras, vão sempre se colocar contra a livre manifestação de estudantes e trabalhadores, ainda mais quando se coloca a denúncia da repressão que tem como principal expressão a demissão de Brandão, trabalhador da USP há mais de 20 anos, diretor do Sintusp e dirigente da LER-QI. Brandão foi demitido no fim do ano passado por defender os trabalhadores, efetivos e terceirizados, por seu papel destacado nas greves e piquetes, por enfrentar junto aos estudantes e trabalhadores os ataques do governo Serra à educação que vêm tornando a universidade cada vez mais elitista, a serviço dos interesses da burguesia. Brandão foi demitido de forma ilegal, através de uma medida anti-democrática e anti-sindical adotada pela reitoria da USP, que não respeita os direitos democráticos mais elementares conquistados pelas lutas históricas da classe trabalhadora, como a proibição de demissão de um dirigente sindical, que consta não só na constituição brasileira, mas inclusive nas normas da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Com apresentação de Raphão e Mara Onijá, o II Hip Hop Ocupa USP contou com a participação dos grupos: QI Alforria, Banda Uafro, Mara Onijá, Rincon Sapiência, Família 4 Vidas, Simbólicos, Patota D´Firmino, Raphão e Bá Kimbuta. A poesia se fez presente com a participação de Akins Kinte e Allan da Rosa, das Edições Toró. O grupo OPNI trouxe o grafite, enquanto os DJs B8, Case e Tati Laser comandaram o som.

Agradecemos a todos os grupos que participaram e fazemos um chamado a tornar permanente o combate contra o elitismo e o racismo da universidade, lutando pelo fim do vestibular e pela estatização das universidades privadas. Agradecemos pelo apoio de professores da USP como Ruy Braga e Leonel Itaissu e pela presença de militantes do movimento negro como Milton Barbosa do MNU e companheiros do Círculo Palmarino.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

ASSEMBLEIA APROVOU:

GREVE

Por unanimidade

Desde a greve de 2007 não tínhamos uma assembleia tão grande e com representatividade de tantas unidades quanto a que ocorreu ontem, 1º de abril.
O auditório da História, que após uma reforma reabriu ampliado, teve todos os
espaços ocupados e ainda assim não comportou todos os funcionários que queriam participar da assembleia, ficando vários companheiros do lado de fora.
A principal deliberação da assembleia foi aprovada por unanimidade: GREVE APÓS
O FERIADÃO DE TIRADENTES (21/4).

Essa deliberação levou em conta que a próxima semana será esvaziada aqui na
USP por se tratar da Semana Santa e, em seguida outro feriado (Tiradentes), além disso, o atraso na unificação da reivindicação salarial, que só será definida dia 7 de abril, quando ocorrerá nova reunião do Fórum das Seis.

Dia 23 de abril haverá nova paralisação, com assembleia geral na qual será definido o dia exato do início da GREVE.

Até lá, todas as unidades da USP devem realizar reuniões para discutir a organização da greve, a data, fundo de greve e confecção de faixas e cartazes com nossas reivindicações e, anunciando a GREVE.

Pelos R$ 200,00 incorporados ao salário + 21% de reposição de perdas;

Piso salarial com valor do salário mínimo do Dieese;

Pela readmissão de Brandão e suspensão de todos os processos contra o Sindicato e sindicalistas;

Garantia de emprego aos 5.214 contratados após 88;

Contra o sistema de Gestão de Pessoas por competência
(Carreira) da reitoria.

ASSEMBLEIA APROVOU TAMBÉM:

• REPÚDIO
- Moções de Repúdio ao Cruesp e à Reitoria da Universidade de São Paulo por terem proibido a presença do companheiro Brandão na negociação entre o Cruesp e o Fórum das Seis e, na negociação da reitoria com o Sintusp, dia 26/03/09. Nessa reunião com a reitoria foi também proibido a entrada do Representante dos Funcionários no Conselho Universitário e membro do Conselho Diretor de Base do Sindicato, André Luis (Raposão), de Ribeirão Preto.

Os funcionários da USP reafirmaram que o mandato sindical do companheiro Brandão e a sua legitimidade enquanto representante dos funcionários nas negociações com o Cruesp e a Reitoria.

Não será a reitora quem dirá quem é o nosso representante e quem negocia pelos funcionários da USP.

- Moção de Repúdio ao reitor da Unesp e ao Diretor de Unidade da Unesp/Registro contra as ameaças de morte sofridas por professores ao denunciar irregularidades que feriam o Estatuto da Unesp, na administração daquela unidade. Houve também a proposta que durante a Greve organizaríamos uma Caravana até Registro, para demonstrar nosso repúdio.

• CONTRA A REPRESSÃO NAS CRECHES

Uma das reivindicações dos funcionários das Creches é a mudança de nomenclatura de Técnico de Apoio Educativo para Professor de Educação Básica ou Infantil. Na última reunião entre o sindicato e a reitoria (26/04/09) foi cobrada posição da reitoria, que acenou para o final de abril uma resposta. Entretanto, as diretoras das Creches respondem com repressão.

Durante a Assembléia foi relatada a denúncia sobre a situação da Creche da Faculdade de Saúde Pública que atualmente é “administrada” por uma funcionária da Fundação da Faculdade de Medicina - FFM, pois a diretora contratada pela Coseas ano passado não se pronuncia deixando que todas as resoluções e até as pressões em época de Paralisação e Greve, sejam feitas pela funcionária da FFM, que não tem nenhum vínculo empregatício com a Universidade.

A Assembleia reafirmou:

“ Fora todas as Fundações da Universidade de São Paulo e incorporação de todos os funcionários destas fundações ao quadro funcional da USP.”

Foi denunciado também a agressão e o assédio moral que um pai (funcionário que utiliza a Creche) fez com as funcionárias da Creche Central devido a Paralisação de ontem, sendo inteiramente apoiado pela diretora Marta.

Esta denuncia foi apresentada por um outro pai presente à Assembléia.

Campanha “FORA MARTA!!! Quem é Marta???

Marta ocupa o Cargo de Diretora da Creche Central, porém não possui formação em pedagogia, conforme exigência do MEC, sendo uma enfermeira que constantemente pressiona os funcionários todas as vezes que discutem Paralisação ou Greve.

O que está faltando na Coseas é seguir as normas definidas pelo MEC e colocar em prática a democracia, pois este órgão é administrado por pessoas que há tempos atuam regidos pelo autoritarismo.

• REJEIÇÃO À PROPOSTA DE CARREIRA DA REITORIA E A CANDIDATURA
DE REPRESENTANTES PARA CCRH

O mandato das Representantes dos Funcionários na CCRH – Comissão Central de Recursos Humanos termina dia 10 de Abril de 2009 e a reitoria, querendo livrar-se delas, já anunciou nova eleição para o dia 29 de abril de 2009.

A Assembleia reafirmou a rejeição da Carreira. E, aprovou a manutenção dos nomes das atuais representantes, com apenas cinco abstenções e nenhum voto contra.

Os nomes aprovados para candidatas foram: NELI, SOLANGE e DULCE (Ribeirão Preto) a serem apoiadas pelo Sindicato.