domingo, 14 de dezembro de 2008

Depoimentos

Considero que a demissáo de Brandão é inadmissível, Como funcionário da USP há 21 anos, como sindicalista e membro do Consu, legitimamente eleito, não pode e não deve ser punido por defender os direitos dos trabalhadores da USP.Trata-se de uma arbitrariedade que desmoraliza a reitoria e o próprio Consu, Uma ampla mobilização imediata deve ser feita exigindo a sua reintegração. Punição merrecem aqueles membros da burocracia universitária que estão sucateando a USP e entregando o patrimônio público a empresas privadas e aos interesses do capital.

Hector Benoit (Professor Livre-Docente do Departamento de Filosofia da UNICAMP)

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Carta de Solidariedade

Queremos nos solidarizar ao companheiro Claudionor Brandão, trabalhador da USP e dirigente sindical do Sindicato de Trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP) que foi demitido por motivações políticas, por participar e organizar greves e manifestações por melhores condições de trabalho e estudo. Esta medida da reitora Sueli apoiada pelos governos de Alckmin e Serra tem como objetivo combater as mobilizações recentes da universidade, como a ocupação de 2007, tentando dessa maneira intimidar qualquer ação dos estudantes, professores e trabalhadores classistas e combativos.
Apoiamos toda a luta pela readmissão incondicional e imediata e que siga adiante a construção da unidade dos trabalhadores da USP com os estudantes e professores para continuar a luta contra a burocracia universitária, o sucateamento,e a privatização da universidade.

Saudações Classistas e Combativas,
Ação Direta Estudantil

Niterói, 14 de dezembro de 2008

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Os trabalhadores numa sociedade capitalista dispõem somente do emprego de sua força de trabalho para sobreviver. A organização da classe trabalhadora, nesse sentido, é fundamental para que se possa diminuir a grande pressão e ameaça que nos é feita sempre que questionamos a ordem capitalista e/ou buscamos a ampliação de direitos para diminuir a exploração que é própria nas relações entre patrões e empregados. Muitas vezes de maneira velada, a ameaça é a demissão, e em se tratando de um representante da categoria, a demissão do Brandão representa uma tentativa de enfraquecer o próprio movimento dos trabalhadores, num primeiro momento na própria instiuição em que atua, mas com perigos de extensão em outras. Por tudo isso, repudio a demissão e insisto com os colegas que assinaram o abaixo-assinado para que o companheiro Brandão seja readmitido já!

Ramon Casas Vilarino (Doutor em Ciência Política e professor da Faculdade Sumaré).
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Bruno Guedes Nogueira - estudante de Ciências Sociais da Unesp Marília

Mais uma vez, como de praxe na burocracia universitaria, em momento de calmaria, deflagra golpes aos seus opositores. Sem respaldo de nada e nem ninguém, fora dos gabinetes autoritários da Reitoria, esta resolveu demitir um dos trabalhadores mais atrelados a história de lutas da Universidade São Paulo.
Venho aqui demonstrar meu total repudio a tal atitude e, me colocar a disposição dos próximos momentos, onde o contra-ataque deva ser construído, não só com os setores lutadores da universidade, mas também, com o conjunto da população, organizada ou não, que acredita como Brandão, que a Universidade deva se constituir como um espaço democrático, de qualidade, a serviço da maioria da população.

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Caros Camaradas

O MNN se solidariza e apóia integralmente a luta contra a demissão arbitrária do companheiro Brandão, um conhecido e respeitado combatente em todas as frentes de luta. A demissão do companheiro é uma clara perseguição política e mais um absurdo na lista de atitudes completamente inaceitáveis que a Reitoria da Universidade de São Paulo vêm tomando dia após dia, atacando violentamente os direitos mínimos de organização e luta dos trabalhadores e estudantes.

Este ataque é mais uma evidência dos rumos que tem tomado não só a universidade mas a própria conjuntura nacional e internacional: o avanço, a passos largos, de governos com traços cada vez mais bonapartistas, que restringem mais e mais os direitos mínimos de organização e luta da juventude e da classe trabalhadora mundiais.

Pelo direito de livre organização!
Pela readimissão imediata do companheiro Brandão!

Direção Nacional do Movimento Negação da Negação

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A Diretoria da APROPUCSP apoia a luta pela readimissão imediata de

Brandão na USP!

Brandão é funcionário da USP há 21 anos, dirigente sindical do
SINTUSP, desde 2007, e foi demitido arbitrariamente pela reitora da
USP Sueli Vilela com a conivência da maioria da burocracia do CONSUN.
Esta ê uma medida reacionária para impedir a luta dos funcionârios,
estudantes e professores da USP que vem resistindo aos ataques e a
destruição do ensino por medidas do governo tucano Alckimim e Serra,
Os funcionários, estudantes e professores demonstraram sua
combatividade em defesa da educação pública, laica, gratuita, de
qualidade com a greve de 2007, com atos e mobilizações as quais temos
apoiado. Assim como em várias universidades públicas do país apoiamos
as lutas contra a reforma do governo Lula, privatista, mercantil. Na
PUCSP lutamos nos últimos quatro anos contra a intervenção da
Fundação, o autoritarismo da Reitora Maura Veras, a subordinação aos
bancos, as demissões em massa de funcionários e professores, a invasão
do campus pela tropa de choque, a sindicância aos alunos. A luta é uma
só! Em defesa do ensino e das condições de trabalho!
A luta pela readmissão de Brandão ê uma luta de tods@s nós! Brandão
goza ainda dos direitos sindicais como dirigente do SINTUSP, portanto
esta demissão alêm de arbitrária é ilegal.
Pela readmissão imediata de Brandão!

Professora Beatriz Abramides-Presidente da APROPUCSP

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O capitalismo brasileiro é hoje administrado politicamente por um governo oriundo de dirigentes sindicais. Mas quando os sindicatos não se dedicam a domesticar os trabalhadores e quando os dirigentes sindicais não se transformam em burocratas para se converterem depois em capitalistas, então as autoridades vêem nisso uma «justa causa» para os demitir. Apelo a todas e todos que defendem um sindicalismo combativo e que lutam contra a privatização da universidade pública para se unirem em defesa do diretor do Sintusp, Claudionor Brandão.

João Bernardo

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Camaradas

Conheço Claudionor Brandão desde os princípios dos anos 90, ainda estando no Partido dos Trabalhadores (cada coisa que a gente fazia...); posteriormente, fundando o PSTU (... e continuamos a fazer...) e, ele sempre militando pela Classe Operária, quer no SINTUSP, quer na CUT Regional da Grande São Paulo - onde iniciamos o "Fora Collor"), quer nas madrugadas diante das portas dos Frigoríficos, quando de sua militância dentro do PSTU (fato que lhe acarretou agressões por parte de bate-paus da Causa Operária (hoje PCO).
Sempre encontrei o Brandão frente à todas as lutas. Tenho por esse Camarada um enorme apreço.
Envio por estas linhas, o meu total repúdio à essa punição imposta ao Diretor do SINTUSP, que partiu do governador José Serra, via gabinete da Reitoria da USP.
Saudando os que resistem e lutam.

Alfredo dos Santos (Coordenador do Instituto de Estudos Políticos Mário Alves (SP) e da Coordenação do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST)


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Brandão é um antigo funcionário da USP que sempre participou das lutas e dos movimentos sociais, sua demissão ataca o direito de livre organização sindical, pois ele é membro da diretoria do Sintusp, e representa uma clara atitude de desrespeito e falta de diálogo da reitoria da USP com as organizações representativas da comunidade universitária.

Henrique Carneiro - Prof. DH

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A demissão de Brandão na USP pelos prepostos do governador Serra não é um ato excepcional, isolado.
Faz parte de um projeto executado por esta espécie de organização capitaneada pelo governador Serra - logo Serra que foi presidente da UNE e exilado pelo regime militar - visando, além de gabaritar-se cada vez mais perante os representantes do capital, pois não é toa que, sem a super-exposição, bravatas, promessas e malabarismos como o Lula faz para manter-se em evidência e segurar os índices de popularidade, é apontado como o principal candidato à sucessão presidencial pela mídia.
Atua, inescrupulosamente, tirando do caminho seus reais críticos, afastando, demitindo, processando, contando com a colaboração de setores compactuados com este projeto na Justiça, Procuradoria, Legislativo, além do próprio poder Executivo exercido.
Foi assim com o Didi (Dirceu Travesso, oposição bancária), particularmente conosco no Metrô (duas demissões à muito custo revertidas, processo criminal tramitando no TJ e sequência de punições esdrúxulas), na radicalização contra o movimento dos policiais civis, na tratativa com os professores estaduais e também na USP, entre outros ataques, privatizações e projetos de privatizações, ações que dentre outras acabaram culminando na demissão do Brandão, ou melhor, culminando por ora - bola da vez -, pois com a instalação da crise econômica, é claro que o endurecimento contra seus críticos, obstáculos do seu projeto político que é a gestão da manutenção neoliberal com estado mínimo, terceirizações, privatizações etc, perdurará e piorará para que, cada vez mais, solidifique sua imagem de pulso firme e mão de ferro, na condução e manutenção dos interesses privados, fortalecendo seu perfil de candidato preferencial do nosso decadente capitalismo ao posto de gerente nível nacional.
Não nos resta alternativa senão nos organizar para reagir, resistir, enfrentar este processo, e quem sabe, com os efeitos deletérios e adversos que a crise imporá à classe trabalhadora - e já começou com demissões, férias coletivas e corte de orçamento de verbas destinadas à melhoria da qualidade de vida da população dentre outros- , consigamos contrapor e sobrepor a determinante influência do bombardeio midiático que sustenta o regime capitalista neoliberal como unilateral modo de vida em sociedade.

Ciro Moraes
oposição Alternativa/Conlutas metroviários S.P.
CST Nacional SP

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Conheço o camarada Brandão há bastante tempo. Militamos juntos na USP, ele à frente do Sintusp e eu como dirigente do DCE-Livre. Brandão é um companheiro comprometido com a luta em defesa dos interesses da classe trabalhadora e com a tranformação radical da sociedade. Por isso, conta com meu integral apoio. É evidente que sua demissão é política. Serra e sua serviçal na USP, Sueli Vilela, querem calar aqueles que se levantam contra seus desmandos. A comunidade uspiana e os lutadores comprometidos com a defesa de uma sociedade igualitária irão rechaçar com veemência a arbitrariedade cometida contra o companheiro. Pela reintegração do camarada Brandão! Ousar lutar, ousar vencer!

Lúcia Rodrigues
Jornalista, professora universitária e ex-diretora do DCE-Livre da USP Alexandre Vannuchi Leme - gestão É Preciso Ousar (92/93)

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Porque apóio a luta contra a demissão de Brandão.

Durante os vinte anos de ditadura militar, lutadores da classe trabalhadora batalharam pelo fim da censura, da perseguição, do extermínio dos opositores do regime, dos sindicatos amarelos e reivindicavam o direito de greve, a liberdade de expressão e de organização.
O fim da ditadura parecia ter terminado com isso. Mas, durante toda a década de 1980 e 90 muitos lutadores mudaram de lado, mas os que se mantiveram nas trincheiras da classe trabalhadora continuam firme e forte e servem de exemplo de toda uma nova geração.
A demissão de Brandão representa mais uma ação do Estado burguês contra a classe trabalhadora e um retrocesso à ditadura. Apóio a luta do companheiro por achar não podemos aceitar esse retrocesso e porque o que nós trabalhadores reivindicamos são mais militantes combativos, como o Brandão, mais direitos e condições para que possamos nos organizar em nossas entidades de base.

David Rehem

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As Universidades não se redemocratizaram com o fim da ditadura. Os reitores a tratam autoritariamente. No caso tratou de um procedimento equivalente a uma empresa privada. Do "dono" do capital.
Dai a minha solidariedade e que , no caso, sirva de bandeira para uma série de lutas para redemocratizar o ensino superior público.

Saudações!
Vanderley Caixe

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